No próximo sábado o presidente Alex Padang e os engenheiros Francisco Sobrinho e Cláudio Bezerra farão uma viagem de doze dias para a Alemanha onde irão tentar parcerias para, entre outras coisas relativas ao futebol, a Arena América. Uma delas é com uma empresa especializada em irrigação de gramados para prática do futebol, outra com uma empresa que desenvolve projetos para utilização de energias renováveis.
A viabilização de parcerias é uma das principais frentes de trabalho que competem exclusivamente à diretoria no que diz respeito à construção da arena. Segundo Francisco Sobrinho, o objetivo do clube é conseguir captar parceiros para conseguir diminuir ao máximo o custo da construção para o clube, além de possibilitar ao estádio rubro seguir os mais atuais padrões seguidos pelas arenas multiuso mundo afora. Um deles é um projeto de irrigação subterrânea, onde o gramado é implantado por cima de uma manta que promove a irrigação de toda a grama por igual. “Isso possibilita que não haja a perda da água por evaporação, principalmente nos dias mais quentes”, explica Francisco Sobrinho.
Uma das preocupações do América é construir sua maneira de forma sustentável, para que o empreendimento gere o mínimo de impactos ambientais possíveis e economize - ou até evite - o uso de energias poluentes. Aliado a isso, o time rubro ainda pode ter rentabilidade com a economia de recursos, alimentando inclusive a expectativa de poder vender energia à companhia de energia responsável pelo abastecimento local.
Para isso o América aposta no uso de energia solar em sua arena. Como pretende implantar um sistema de reuso de água, o time rubro poderia ter o consumo zero da energia elétrica fornecida pela Cosern. Ao contrário disso, segundo Francisco Sobrinho, há a possibilidade de o Alvirrubro vender a economia acumulada.
“Em vários lugares o contador de energia gira para ambos os lados. Se você está consumindo energia, em uma casa, por exemplo, ele vai girar em um sentido. Se você não está consumido e tem uma quantidade considerável de energia acumulada, o contador vai girar no sentido contrário e aquela quantidade de energia que voltou à rede é descontada em sua conta”, explica o engenheiro, que diz ainda que a energia produzida na Arena América, segundo as previsões, também dará para abastecer todo o Centro de Treinamento americano.
Outro projeto secundário incluído na construção da arena é a implantação de uma estação de tratamento de esgoto, que terá a finalidade de despoluir os dejetos oriundos da praça esportiva para que, depois de tratada, sua água possa ser utilizada na irrigação do campo de jogo.
Do Novo Jornal